Sofro pelo que não controlo. Não as grandes coisas, mas as pequenas. As grandes confio a Deus e vou levando a vida um dia de cada vez. As pequenas, experimento a frustração de que tudo poderia ser um pouco melhor do que está sendo.
Meu sofrimento é porque tropeço em pedras medianas. E tudo que está na média, é medíocre. Quem dera meu erro fosse o do grande abismo, ou das dolorosas pedrinhas que aparecem nos rins. Até nisso há frustração.
Ao menos tenho conseguido me controlar em duas situações particulares. As em que eu explodiria e as em que eu iria pra geladeira me anestesiar com algum prazer gostoso.
Sofro porque faço as contas. Não fui feito pra contabilidade. Só pro trabalho e pro sonho.